sábado, 28 de junho de 2014

Não aguento

As lágrimas caem como chuva em Janeiro invernoso. Tenho uma moto-enxada mas acabei de cavar uma pedaço de terra com a enxada manual. Alivia-me... ou isso ou dar cabeçadas na parede. Perco parcialmente os sentidos e caio quando há uma situação de tensão. Caí pelo fogão (aceso) abaixo e a única coisa com que alguém se preocupou foi que tinha partido o fogão. Eu fiquei ali caída, meio sentada meio escorregada pela parede. Quando sózinha me levantei não havia fogão nenhum partido e a sopa continuava a ferver.
Passei da neurologista para a psiquiatra. Mas eu já não sei o que presta e o que não presta. O que não presta sou eu. Esqueço-me das coisas. Não encontro o que guardei. Não suporto falarem em voz alta no entanto eu própria dou gritos. Por vezes até sózinha sinto uma pressão tão grande que tenho que emitir um som gritante
Estou desesperada. Só me apetece comprar, eu que era tão poupadinha. Passo pelas prateleiras á procura de alguma coisa que precise, sem saber o quê. Tenho tantos projectos manuais e não consigo terminar nada.
Só queria dormir e acordar apenas quando estivesse bem.

Não sei, não sei nada
Quando entrei na sala de espera da psiquiatra senti-me uma maluca no meio de outros malucos. Não queria estar ali. Estava envergonhada. Não sei onde isto vai parar.

Já não procuro emprego... já ando somente á procura do fim do túnel ...........se é que tem fim

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