terça-feira, 13 de março de 2012

Sozinha


Quando fiquei em casa senti-me perdida.
Depois tentei animar-me pensando que poderia agora ter alguns dias a dois da forma que nunca tive pois sempre trabalhei e ele trabalha por turnos.
Nunca tivemos fins-de-semana normais, nem feriados nem… no fundo nem os dias nem as noites são de família normal.
Mas não. Os miúdos vão para a escola, ele de manhã dorme, á tarde sai e depois de jantar tem o computador.
Nestas tardes de sol não me apetece ir a lado nenhum mas ao mesmo tempo sinto-me abandonada aqui em casa.
Tratar da casa e arrumar dá-me cá uma agastura que só eu sei. Fazer almoços que ninguém elogia dá-me vontade de chorar. Ter vontade de chorar faz-me sentir irritada e com vontade de gritar.
Valem-me as flores, o quintal, a terra e a tesoura de podar.
Ando numa de cortar tudo… é o que me dá paz. Podar, regar, mudar, plantar, semear…
E pão com nozes… pão com nozes e água. Aquece-me o coração, faz sentir mais feliz e menos só.
Nasceram duas oliveirinhas no meu quintal… uns dois centímetros cada uma… são os pássaros que trazem os caroços.
Este mês já concorri a 11 empregos.

2 comentários:

  1. ... e desses 11, concerteza irás conseguir um bom!
    Tens de ter força e coragem para ultrapassar esta fase menos boa da tua vida!
    Beijinhos
    Teresa

    nota: se quiseres conversar dasabafar tens aqui uma amiga, é só chamares.

    ResponderEliminar
  2. Não desanimes, sei bem o que sentes encontro-me na mesma situação, adoro tratar da minha casa mas por vezes é um tédio, tenho dias em que me sinto tão sozinha que só eu sei.
    Bjos e muita força tá.

    ResponderEliminar